A NÃO COMPREENSÃO
(Regis Assunção -21/07/2019)
Buscar por alguma forma de entendimento
é uma importante missão, desde que se chegue a denominador comum, de inúmeras
formas. Nem tudo segue um único caminho e os atalhos são forjados como forma de
escapismo ou até para tentar encurtar um longo trajeto. A vida é feita de
escolhas e por meio do livre-arbítrio, mas o que nem sempre é assim tão fácil
todos virem a compreender com clareza. O acaso é inexistente para aqueles que
não creem em coincidências apenas, mas como uma ação que gere uma reação, tal
como, causa e efeito.
Ser autocrítico é bom até certo ponto,
mas não constantemente, por conta de fatores que possam contribuir
negativamente de diversas formas, não somente como que fosse uma exigência que
esteja relacionada aos próprios princípios morais, como um método criado para
testar todos os limites possíveis e imagináveis via conduta pessoal. Nesse
sentido que um círculo vicioso pode estar sendo criado através do ego, como que
tudo fosse uma cruz mais pesada do que o suportável e dando asas para que a
autossabotagem venha à tona como principal vilã de um enredo esboçado por
intermédio do subconsciente e saindo totalmente dos trilhos da razão, por abrir
um portal para vivenciar num universo paralelo.
Agir com autodisciplina é muito bom e
saudável, desde que não extrapole os limites do bom senso, isto é, não se
transformando em egocentrismo. Todo e qualquer acréscimo informativo enriquece
os arquivos internos, por mantê-lo atualizado e funcional. Em determinadas
situações não são cabíveis certas imposições e essas podem ser interpretadas
como formas de coação, mas nada impede, quando há uma boa oportunidade para praticar
ações mais adequadas, assim sendo, tudo é uma questão de ter uma boa percepção
sobre o que se pretende aplicar como conduta.
Creditar ações em benefício próprio
seria como se achar o autossuficiente, o que poderia ser considerado como
surreal, quando é observada uma conduta exibicionista de quem queira demonstrar
o que não seja dominado com perfeição, aí entra em cena o pedante, o suposto
dona de inúmeras verdades, as quais não são concordantes com as personalidades,
daqueles que se achem assim tão superiores, não há como saber tudo e dizer que
sabe tudo da vida, mas nesse caso, muitas dessas pessoas até pararam no tempo e
acham que o que aprenderam na infância tenha validade perpétua, com um
agravante, caso não sigam tais ensinamentos, não são mais dignos de pertencer a
tal linhagem de parentesco, por serem traidoras de um sistema. A educação dos
pais não é para a vida toda, mas servem como referenciais para a formação de
uma personalidade e jamais para criar um ser alienado, por meio de informações
que são cíclicas, por serem modificadas através do tempo das Eras, mas está na
insistência dos pais em achar que os filhos deveriam seguir tudo que eles
aprenderam quando crianças, um grande equívoco, uma coisa deve ser bem enfatiza,
de que nada é para sempre, até mesmo regras criadas como bons costumes para uma
linhagem familiar ou moralismos, caso esses não sejam seguidos por aqueles que
não aceitam tais normas, de um momento para outro, esses se tornam ovelhas
negras ou até problemáticos, ao ponto de serem considerados dementes. Essa é
uma triste realidade que se vive quando são quebradas determinadas regras que
são consideradas como corretas, com relação aos que ainda acham essas
imutáveis, nada é impossível ou eterno, tudo se transforma com a evolução do
tempo. O pior companheiro é o apego às coisas materiais, quando essas passam a
ser consideradas com bens insubstituíveis, como raras relíquias, por terem
pertencido aos próprios antepassados ou alguém mais próximo já desencarnado. Um
processo depressivo é iniciado com um apego excessivo ao passado, pelo fato de
não haver uma conformação relacionada ao mesmo, principalmente quando alguém
querido, não mais está entre os vivos. Tal conduta faz retroceder a mente
humana, por torna-la medíocre, isto é, por achar que o passado ainda é vivido
no tempo presente, não mesmo, o que passou não mais retorna e fica onde está
realmente, no passado. Um derramar de lágrimas não traz ninguém de volta a
vida, pelo contrário, aumenta muito mais a sofrimento de um inconformado com o
fato, de quem ninguém é eterno, quando se está de passagem no mundo terreno,
por conta do egoísmo, com um sentimento de posse e sem o menor sentido de vir a
existir.
Relacionamento entre pessoas, na atual
realidade é algo bem mais complicado do que antes, isto porque, os avanços da
tecnologia fazem com que um universo paralelo seja criado e desse, um convívio
social menos fortalecido, com o aumento constante de redes sociais, as quais
contribuem muito para uma interação mais globalizada e por outro lado, essas
servem para maquiar falsas intenções, quando o intuito é o de seduzir vítimas
mais ingênuas que estejam fascinadas por esse universo tão atrativo, o qual de
tudo vale. Uma camuflagem bem mais elaborada fica bem mais interessante quando
se usa de esperteza via manipulação virtual. Infelizmente os jovens e os
adolescentes se acham grandes aventureiros, mas nem sabem o risco que correm
por conta de uma curiosidade fora do comum, a qual cega muito mais, do que
aguça uma boa percepção do terreno onde estão entrando, sem contar com os
perigos nele existentes, nem tudo no universo virtual é um terreno florido ou
até mesmo, um paraíso, mas é aí que está o X da questão, muita facilidade gera
desconfiança, quando há uma preocupação com o próprio bem-estar psicoemocional,
como também, no preservar da própria identidade e com bom senso. Isso tem o
mesmo peso, do que confiar em propagandas veiculadas pela mídia de produtos
milagrosos, isto porque, o efeito fictício seduz aqueles que acreditam em
falsas promessas, quando usam tais produtos, esses nadam realizam de bom, como
formas bem articuladas e enganosas relacionadas com produtos nada confiáveis,
dos que afetam diretamente a rotina dos alvos fáceis, o público de um modo geral,
bem poucos tem a sensibilidade de perceber que tais divulgações não passam de
propagandas enganosas para enriquecerem os seus criadores e nada mais, da qual
o público alvo é atingido com total êxito.
Ser consciente do que se pratica já é um
grande avanço e sem menor sombra de dúvida, enquanto a isso, muito até possa
ser feito sim, desde que exista um forte interesse em dar passos firmes rumo
aos objetivos que contribuam direta ou indiretamente ao destino desejado, o
qual tenha muito a ver com o fato, de jamais desistir dos próprios ideais, como
um ponto importante que esteja entre a razão e a emoção. O roteiro existencial
quando linear, um padrão é sustentado na íntegra, mas quando esse sai do
trajeto original, algum possível atalho é criado para fugir do que era
pretendido praticar, isto quando, mais desvios possam ser criados para tentar
encurtar um caminha, o que nem sempre é eficaz, por se agir impulsivamente e
sem qualquer planejamento, por se permitir conduzir por uma ansiedade
demasiadamente exagerada para pôr fim, no que ainda não tenha iniciado
corretamente e dentro dos conformes, mais é aí que está a imaturidade daqueles
que acham serem donos de uma verdade nada condizente com o que deveria ser na
realidade.
Acreditar no potencial que habita intimamente
e bem lá no fundo da alma, sem dúvida alguma que é importantíssimo, em todos os
sentidos, não somente de um único ângulo, mas de todos possíveis e imagináveis.
Em termos de entendimento e com total clareza, nada há o que seja 100% igual,
em essência, mas pode haver quesitos parecidos e isso não significa que esses
sirvam para tudo, como chaves mestras que abram todas as portas ou até mesmo,
uma grande maioria delas, cada caso é particular e não é muito coerente
generalizar como que uma solução genial sirva para tudo, essa seria uma
interpretação surreal, nada inteligente e sem qualquer eficácia comprovada.
Enfim, tudo é uma questão pura e simples, de querer compreender com mais
profundidade o que seja vivido na prática e sem permitir que a superficialidade
venha à tona para confundir a mente para desviar do foco original, o qual tem
muito a ver, com todo e qualquer esclarecimento sobre o seja buscado em nível
de conhecimento, sem qualquer tipo de pré-conceito sem que se tenha algum
conteúdo para poder dar um parecer lógico. As críticas e os julgamentos surgem
do nada, quando quem os cria tentam entrar em discussões desnecessárias sobre
aquilo que desconheçam ou apenas por terem ouvir falar muito superficialmente,
nesse sentido o recalque por meio de outrem entra em cena para distorcer o
verdadeiro intuito de informar e não para tumultuar um ambiente. Tudo caminha
para algum sentido e o que às vezes, se entram em trilhas repletas de espinhos,
pedras, brasas entre outros tipos de obstáculos nada agradáveis de serem
ultrapassados, mas isso somente é possível, com garra e determinação, é isso.